segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Angustia Sem Nome.

Angustia Sem Nome.


Hoje o dia parece silencioso
não pareço estar ouvindo voz alguma
algo mudou, algo muito grande aconteceu
é aquele silencioso angustiante
aquele silencio que precede algo ruim
parece que os carros não estão passando mais
parece até que os pássaros não estão nas arvores que sempre tiveram
tenho medo de gritar, medo falar e não ouvir mina voz
logo agora que eu achei que meu grito se fazia ouvir.
hoje dia parece silencioso
ouço gritos tentando sair, mas o medo o detém
tudo tem uma atmosfera diferente tudo tem um peso diferente
e como se os monstros do armários tivessem saído
e como se eles não tivessem mais medo da luz.
hoje o dia parece silencioso
dia nublado movimentação calma, 
parece que eles não querem pisar em falso
mas ainda não sabemos do que temos medo,
mas sabemos que alto mudou, algo muito grande vai acontecer,
mas quando isso mudou? como isso aconteceu? como chegamos até aqui?.
hoje o dia parece silencioso
parece que algo abafou o som da alegria, e não sei remediar,
não consigo encontrar o som daquilo que eu ainda nem sei que perdi mas perdi. 
mas o que eu perdi?,
algo foi tirado de mim e não tive como me defender
e como dizer? não sei como dizer,
acho que achei o que vou perder, meu direito de viver.
Daniel G.


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Chuvas do passado

Chuvas do passado

Muitos quebram em culpa,

muitos quebram em ódio, mas as vezes em raiva

muitos quebram em historias

as vezes se quebram em mentiras,

muitos se quebram quando algo se quebra por dentro

e se quebram e se quebra e se quebrarão

muitos não sabem por que se quebraram, mas se contentarão em não lutar.

quem nunca se quebrou não sabe exatamente o que é viver tentando se ajeitar,

dando um jeitinho aqui enquanto um caquinho cai ali,

dando uma de que ta inteirinho mas os cacos pequenininhos se veem caídos no chão,

quem pode dizer que é completinho,

 que de nenhum jeito falta um pedacinho

que foi sempre completão, lotado de pedação

que as vezes nem serviam direito, 

mas que quando para o outro sujeito, era o necessário para satisfação.

e como colar os cacos caros que de mim carreguei?

nunca vi nem caso raro de alguém consegue.

aqui só o que sei comigo, que quando quebro um caco amigo

um novo caminho eu sigo.

olho bem o caco caído entendo que ele vai andar comigo,

enquanto novos pedaços vão se formando, me moldando, dando forma

e quando na dada hora olho o caco dentro e fora 

e entendo que por hora ele serve pra caminha.

vejo nele utilidade que não via naquela tarde quando na garganta fez um nó

vejo no desenho dele o encaixe que perfeito hoje me fez se tornar.


Daniel G.


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Caixa

Caixa
As vezes me pego pensando como ver o que não se pode?
a verdade é que eu nunca achei resposta, 
fico perdido entre o que eu aprendi e o que me ensinaram a ser,
parece que sem saída sabe?
vejo alguma pessoas super entusiasmada falando para sairmos da caixinha,
mas que caixinha?? 
eu não consigo nem enxergar que eu to dentro dela!
como eles conseguem ser tão animados??
fico sem saber o que fazer e quem disse eu to em uma caixinha,
 me agrada muito mais um circulo, 
algo sem lados sem finais só o seguimento de uma linha que termina nela mesma.
esse lance de sair da caixinha e muito mais difícil do que as pessoas pensam, 
o conceito e lindo e animador, é um máximo. 
mas quem é que delimita o tamanho dessa porra de caixa?!
quem vai saber dizer se a minha caixa e pequena e não vou precisar me esforçar
 ou quem é que vai dizer se ela é do tamanha da porra de um planeta,
ninguém  sabe responder só sabem dizer, saia da caixa e a verdade te libertará.
no fim estamos só saindo de uma e entrando em outra ainda mais adaptada 
conhecedora de quão difícil foi pra vc vencer a ultima.
quem pode me dizer o que não posso ver?!.
Daniel G.
(imagem Estadão 2016) https://emais.estadao.com.br/blogs/mente-magra/saia-da-caixa/

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